10 países mais pequenos do mundo
A lista dos países mais pequenos do globo é composta por nações independentes.

Vaticano
O Estado do Vaticano foi fundado em 1929, tem uma superfície de 0,44 Km2 e tem aproximadamente 800 cidadãos. É administrado pela Santa Sé e o latim é a língua oficial. A basílica de São Pedro é o ex-libris deste pequeno estado.
No início do século IV, os papas adquiriram o domínio do Latrão, onde passaram a residir. Por volta do século IX, o papa Leão IV foi o responsável por concluir a construção uma cidade fortificada junto à Basílica de Roma, que foi saqueada pelos soldados de Carlos V, obrigando o pontífice a refugiar-se.
Os Estados Pontífices foram integrados o reino de Itália, em 1870, originado a Questão Romana, em que os papas de opunham à situação de perda de poder.
O conflito terminou com o regime de Mussolini, com o Tratado de Latrão em 1929, onde é reconhecida a soberania do Estado da Cidade do Vaticano e o direito de Roma ser território italiano.
Pio XI aceitou as condições de Mussolini, em que ficava com um território de 44 hectares de superfície.
O Vaticano, apesar de ser o país mais pequeno do mundo, é rico em cultura. Há grandes atrações turísticas para conhecer: desde a Praça e a Basílica de São Pedro, edificado sobre o túmulo do profeta aos Museus do Vaticano que remontam ao pontificado de Julio II quando se começaram a colecionar peças de cultura clássica. Destes, destacam-se as Salas de Rafael, a Galeria das Cartas Geográficas, e a Pinoteca.
Mónaco
O Mónaco tem cerca de 35 000 habitantes segundo as estatísticas de 2022 e uma área de 2,02 km2. É o segundo menor país do mundo.
Tornou-se independente em 1927, quando começou a ser regulado pela dinastia Grimaldi e o chefe de estado é o monarca.
O Mónaco é um pequeno enclave no sudeste Francês, em Côte d’Azur, com um território montanhoso, irregular e rochoso, com algumas falésias marinhas.
A história deste território remonta ao tempo dos fenícios e gregos. Pela sua localização, com costa para o Mediterrâneo e entre França e Itália, o Mónaco teve um papel importante para os mercadores que controlavam a região. Mais tarde, os romanos anexaram o território e denominaram-no Portas Herculis Monacci.
Durante o século XII ficou sob o controle dos genoveses e só no século XV, o principado adquiriu autonomia, embora como protetorado de Espanha.
Em 1512, após estar sob domínio francês, ganhou independência. Com a Revolução Francesa os Grimandi são depostos e o principado é anexado por Paris. Em 1911, tornou-se uma monarquia constitucional sob a regência da dinastia Matignon-Grimaldi e em 1918, foi assinado um acordo com a França. Segundo o qua a sucessão ao trono deve ser aprovada por Paris.
O país é um símbolo da opulência, famoso pelo Casino de Monte Carlo, mas, principalmente, pela beleza da Costa Azul. O primeiro casino abriu em 1863.
O Mónaco contém um dos mais antigos oceanográficos do mundo, que data de 1910, com uma exposição de corais vivos e mostra obras de vários explorados como Jacque Cousteau.
Nauru
Nauru é uma ilha remota no Pacífico, um estado da Micronésia (que é composta por mais de 600 ilhas). Tem uma área de 21 km2 e segundo os dados de 2022, conta com uma população de aproximadamente 12 000 habitantes. Tem duas línguas oficiais: a língua nauruana e o inglês.
Está dividida administrativamente em 14 distritos e o chefe de estado é o Presidente. O Parlamento, composto por dezoito membros, é eleito de três em três anos e o presidente é eleito de entre os seus membros.
Nauru foi descoberta no século XVIII, por um marinheiro britânico, e em 1888, foi anexado pelos alemães. Após a I Guerra Mundial passou para a administração australiana e, em 1942, os tropas japoneses chegaram à ilha.
Após a II Guerra Mundial, ficou sob proteção da Onu que nomeou a Austrália para a administrar. Após vários anos, em 1968, a população conseguiu a independência. O fosfato, praticamente o único recurso da ilha, passou a ser nacionalizado e população local a ser acionista.
Estes recursos estão praticamente esgotados, o Governo tem feito esforços para obter medidas extraordinárias. Contudo, acredita-se que possa existir uma segunda camada de fosfato.
Nauru enfrenta os mesmos desafios ambientais de outras estados: o aquecimento global e a subida das águas ameaçada o território e as populações. Algumas espécies endémicas estão em risco de sobrevivência pela destruição de seu habitat natural por parte da exploração mineira, a contaminação e a introdução de espécies invasoras.
Tuvalu
Composto por nove ilhas e atóis no Pacífico, Tuvalu tem uma superfície de 26 km2 e uma população de 11 000 habitantes. Tinham o nome de Ilhas Ellice.
Tuvalu é uma monarquia constitucional com democracia parlamentar. O chefe de estado é o monarca do Reino Unido, atualmente, Rei Carlos III.
O arquipélago tornou-se um protetorado britânico em 1892, e passaram a fazer parte da colónia de Gilbert e Ellice em 1916. As ilhas Gilbert tornaram-se independentes em 1971, e em 1978, as Ellice também declararam independência, formando um novo país chamado Tuvalu.
O Governo de Tuvalu assinou um acordo com os Estados Unidos, em 1979, para que estes desistissem de alguns atóis e em roca Tuvalu daria acesso às bases da II Guerra Mundial.
A sua economia baseia-se na pesca, na agricultura de subsistência e pouco comércio, e os seus habitantes vivem com dificuldades e carências de recursos.
A vida marinha é rica nas costas, mas os corais são os mais importantes. O relevo é plano e as praias são de areia fina.
É um dos países que mais está a sofrer com as mudanças climáticas e o aumento do nível do mar, que corre o rico de ficar submerso pelas águas dos oceanos.
San Marino
A República de San Marino tem uma área de 61 km2 e é considerado um dos estados mais antigo do mundo. É um enclave no centro de Itália. San Marino tem uma população estimada de 34 mil habitantes e a língua oficinal é o italiano.
A sua fundação remonta ao ano 301, por um cristão da Dalmácia e os vestígios dizem-nos que no século V já era habitado. Foi o Papa Nicolau IV que reconheceu a independência de San Marino, em 1291. Mais tarde, após as Guerras Napoleónicas, viu ser reconhecida a independência no Congresso de Viena, em 1815.
Ao longo dos séculos, o país foi negociando a sua independência, tanto com o Vaticano coo com Itália, e por isso, é até hoje um estado soberano.
A República de San Marino assenta economicamente no turismo, mas também, cerâmicas produtos eletrónicas e vinhas.
Apesar de pequeno, tem três sítios na lista de Património da Humanidade: centros históricos de San Marino e Borgo Maggiore e o Monte Titano. O país também é famoso pela sua região vinícola.
Liechtenstein
O Liechtenstein, situado entre a Áustria e a Suíça, é um principado com uma área de 160 km2, rodeado de montanhas. Tem como língua oficial o alemão e a Capital é Vaduz.
O Liechtenstein é um estado democrático com uma monarquia constitucional parlamentarista e é considerado um dos estados mais ricos do mundo. Tem aproximadamente 39 000 habitantes.
Quando a região fazia parte do Império Romano, no século IV, os habitantes foram convertidos ao Catolicismo e passaram a ser governados pelo bispo de Cheve. Mais tarde, no século XI, a região foi dividida em dois ducados: Shellenberg e Vaduz, pertencentes ao Sacro-Império Romano, até que no século XVIII, o proprietário dos ducados vendeu a uns nobres – os Liechtenstein, que passaram a ter título de príncipes.
É invadido pelas tropas francesas durante as Guerras Napoleónicas, e ficou unido a nova Confederação germânica. Mais tarde, com a derrota da Áustria na Guerra das Sete Semanas, em 1866, o príncipe João II declarou independência e terminou ligações com outros estados.
Ilhas Marshall
As Ilhas Marshall, cujo nome se deve ao capitão John Marshall, um jurista norte-americano que visitou as ilhas no século XVIII, é um dos estados mais recentes. É constituído por 5 ilhas e 29 atóis, com 181 km de superfície e tem uma população de cerca de 59 mil habitantes.
As ilhas Marshall, integradas na Micronésia, foram colonizadas por países de três continentes. Ficaram no domínio dos alemães em 1855; no início da I Guerra Mundial passaram a estar no domínio do Japão até 1944, quando as ilhas foram ocupadas pelos Aliados.
A ONU ficou com a tutela das ilhas, mas administradas pelos Estados Unidos, que desalojaram as populações dos atóis de Bikini e Enewetack para fazerem ensaios nucleares, que terminaram em 1958. Os atóis ficaram desabitados durante vários anos por causa das radiações a que estavam sujeitas causando um desastre ecológico.
As Ilhas Marshall só se tornaram independentes dos EUA, em 1990.
São conhecidas pelas praias de areia branca e águas cristalinas. A maior riqueza da ilha são as centenas de corais que se encontram nos atóis, tal como as tartarugas marinhas e vários tipos de peixe.
São Cristóvão e Nevis
Este país das Caraíbas é composto por duas ilhas com uma superfície de 269 km2: a Ilha de São Cristóvão (mais desenvolvida) e a ilha Nevis. Tem uma população de cerca de 40 000 habitantes.
Foram descobertas por Cristóvão Colombo, em 1493, tendo sido colónia inglesa até 1983, quando se tornaram independentes.
As ilhas de São Cristóvão foram colonizadas pelos franceses e os ingleses colonizaram as Nevis, em 1627. N entanto, em 1783, as duas ilhas passaram a pertencer aos britânicos, passando a ser administradas em conjunto.
Após a sua independencia, em 1983, têm sido desenvolvidos esforços para diversificar a economia, que se baseava na agricultura e produção de gado. São conhecidas pelas praias paradisíacas e montanhas verdejantes e a sua economia depende do turismo e agricultura, destacando-se a produção de cana-de-açúcar.
Em 1990, o ciclone Hugo arrasou as plantações de cana-de-açúcar responsáveis por 90% das receitas das exportações.
Os recifes de corais e a vida marinha são atrações naturais das ilhas, salvaguardas por legislação restrita para salvaguardar este tesouro natural.
República das Maldivas
As Maldivas são um arquipélago, no Oceano índico, composto pequenas ilhas de Coral (cerca de 1300) e tem uma superfície de 300 km2. Estimava-se ter uma população de 530 000 habitantes em 2019.
Com ilhas tropicais, rodeadas de lagoas cristalinas e recifes de corais as Maldivas são um dos lugares mais bonitos do mundo.
Foi colónia portuguesa a partir de 1518 e aí se mantêm até ao século XVII. Mais tarde, ficou no domínio do império britânico de 1887 a 1953. A independência do Reino Unido aconteceu em 1965.
Três anos depois o sultanato foi abolido e substituído por uma república. O islamismo é a religião oficial das Maldivas. O chefe de estado e governo é o presidente, que é eleito por cinco anos.
Conhecidas por ser um paraíso tropical, com praias de areia branca, águas transparentes e recifes de coral.
O Mundo subaquático é rico com recifes, grutas e corais, em que vivem também o peixe-palhaço, imperador ou peixe-voador.
Malta
Malta é um arquipélago de apenas 316 km2, por isso, um dos países mais pequenos da Europa. Tem uma população de cerca de 518 000 habitantes. A língua oficial é o maltês e o inglês a língua cooficial.
Malta é formada por 3 ilhas principais habitadas, Malta, Gozo e Comino) e atrações turísticas muito procuradas.
Malta é habitada desde o período Neolítico e foi habitada por civilizações pré-históricas. Tem uma história rica que reflete as variadas culturas que a dominaram; repleta de costumes e lendas.
Foi motivo de várias invasões e foi ocupada por fenícios, gregos, cartagineses, romanos e muçulmanos, pela localização privilegiada ao ser ponto de contacto entre o Ocidente e Oriente. Mais tarde, sofreu a influência grega e esteve sob domínio da civilização romana.
Em 1530, Carlos V cedeu ilha à Ordem de São João de Jerusalém (Ordem de Malta) para travar o avanço do islamismo.
Malta teve, então, três momentos marcantes: a fase em que foi governada pela Ordem de Malta (ordem religiosa) que lhe deu o nome, o período em que esteve no domínio britânico, foi a fase em que foi convertida numa base naval poderosa e que a fez ser uma das regiões mais atacadas do mundo, na II Guerra Mundial; e a fase da sua independência, que ocorreu em 1964.
